METAMORFOSE CAMUFLADA

Sem querer dizer aquilo que não precisa ser dito, ela justifica: Já é muito bem sentido! Resplandecido na face de quem melhor sabe demonstrar tantos sentimentos, necessidades, faltas...

Que triste não poder enganar a si e a todos.

Triste ser aquela que tão facilmente faz brotar na voz, no jeito, aquilo que tenta esconder, de quem não entende o porquê!

E através das lágrimas, da expressão facial e das atitudes, sem querer, faz com que percebam a maldita necessidade!

E quanta necessidade! De que? Insana!

Mudar? Quem? Pra que?

Não adianta, pessoas não mudam assim, jamais mudarão. Nem devem!

Não vale a pena, não salva, não cura... Só arruina.

Chega de fantasmas, chega de criar, chega de inventar, chega de sonhar, de querer o que não se tem, de mudar o que não se muda.

Aceitar é o verbo, o verbo da sonhada paz. A paz de não carregar a necessidade de mudar, de ser o que nunca foi. Sejamos o que somos, e o que sempre fomos! Se ainda assim não suprirmos a necessidade, aquela que só ela sabe qual é, aí sim...

Feche a janela, abra a porta, suba no muro, se jogue ou espere... E apenas chore.

Ai que bom seria mudar.... se assim fosse, do dia pra noite.

Fefa Franco
Enviado por Fefa Franco em 06/02/2006
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