O ESCRAVO
Rugem uns bravos rumores
Dentro do meu coração
Ao relembrar os escravos
No tempo da escravidão
Os quais são meus irmãos
Das maldades e dos maltratos
Que os fizerem perecer...
Bárbaros, valentes e covardes
Os Senhores e seus Capitães
Mas, de humano não tinham nada
E nunca hão de ser
Choras ainda as lágrimas secas e perdidas
Com o descimento a humilhação
E até com Ajuricaba, não teve compaixão
Protestos não existiam
Afinal, eram escravos pretos e índios
Os tormentos e os pavores
Que até hoje, os fazem sofrer
Só que na atualidade, muda-se o nome
Para não dar o quer temer
Porque tanta discriminação,
A vida é para viver
Parem com todos os maltratos,
Compaixão, dissolvam a separação
Pretos, Brancos e índios
Com a humanidade, a verdade e a realidade
Para com os nossos irmãos
A uma grande união.