Anotações do calvário
A natureza, ferida, chora
ante a sordidez da injustiça.
As lágrimas do calvário
oceanizam o trajeto da cruz.
O céu move-se chuvarento,
lava a culpa? e a turba.
O tempo fecha, funéreo,
sinos tangem de medo
no turvo cenário da dor.
Na personalidade ambígua,
queima o beijo da traição.
Remorsos, punhais em risos,
depois a forca incisiva, para
em humilhante nudez e
sem trinta ambições, descer
ao túmulo do arrependimento
pela primeira e última vez.
A natureza, ferida, chora
ante a sordidez da injustiça.
As lágrimas do calvário
oceanizam o trajeto da cruz.
O céu move-se chuvarento,
lava a culpa? e a turba.
O tempo fecha, funéreo,
sinos tangem de medo
no turvo cenário da dor.
Na personalidade ambígua,
queima o beijo da traição.
Remorsos, punhais em risos,
depois a forca incisiva, para
em humilhante nudez e
sem trinta ambições, descer
ao túmulo do arrependimento
pela primeira e última vez.