Encravado no peito
Tenho algo encravado no peito
Tenho algo encravado no peito
Algo que quer sair
Amolece minha alma
Adoece meu corpo
Somatizo da dor interna desse querer
Aparento frieza
Mas sinto-me uma represa pronta para explodir
Tenho algo preso dentro do meu peito
Que me incomoda
E não consigo explicar
Nem a mim mesma
Questiono meus “certos”
Meus “errados”
Nada sei de mim
Não me enxergo e temo sabê-lo
Tenho algo que aperta meu peito
Algo que se parece com solidão e não é
Atormentam meus dias, minhas noites
Uma vontade louca de não sei o quê
Algo que não se completa nunca
Deixa-me insatisfeita, desatenta
Tenho algo
Encravado no peito
Que não me permite encontrar paz
A minha paz