Longitudinal

É evidente que não estou aqui por acaso. Aqui, perto dos nervos, da música, os nervos do mar, do que acontece longitudinalmente na água, os barcos no traço visível ou invisível de sinais que eu mesmo imagino – para reter num álbum de memórias inexorável. Páginas sem palavras, páginas com sílabas balbuciadas, talvez desenhos incompletos, momentos de uma percepção quase vazia. Mas. E. Um álbum vivo, um álbum com a morte ou a relva, as figuras, certamente a infância e todas as árvores e o extenso areal onde tudo se passou, onde tudo se extingue breve, onde. Aqui, perto do sangue, das emoções: vim beber a saliva, sentir o corpo viajar pelas suas próprias avenidas. E.

E. É evidente que não estou aqui por acaso. Aqui, perto dos nervos, a música corpuscular, os nervos do mar, do que acontece,

o que acontece idealmente para descrever idealmente, longitudinal: singrando a água como um espelho na fluorescência ,

e, e os barcos quando os cisnes ou os traços visíveis ou invisíveis que eu mesmo imagino: fixar num álbum de memórias a teoria instantânea, caiem:

as emoções no rosto. A descrição inexorável. Ela dizia os nomes com a voz numa percepção nítida, escrever o que acontece nunca termina,

a reminiscência infinita por estas áleas, inventar uma escrita infinita e recitar na marginal do mar, um bosque no tumulto dos olhos, a água da

morte num álbum que termina e. E havia as árvores e o extenso areal e o corpo perfeito, havia as emoções para partir, outras áleas além do mar,

as próprias avenidas, ela diz os nomes com a voz num desejo límpido que vem,

um desejo límpido que vem,

e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e.