O tempo que nos rege é regido pela nossa espera.

Seguimos em compassos as melodias criadas pelas horas, e a cada momento refazemos a nossa caminhada percorrendo nas incertezas e jogando os dados nos primeiros acordes. Impossível prever o que acontecera durantes essas tais horas futuras, acordamos e silenciamos nos vestimos e saímos, em ato rotineiro e sublime de fé e, sobretudo coragem de olhar adiante e correr contra a tudo e todos, pois, foi-nos ensinado que precisamos ser o primeiro, o primeiro na fila, fila infinita da espera, mas, mais esquecemos que não nos governamos e sabemos que somos marionetes a mercê da energia cósmica.

Necessitamos absorver o passado, esquecê-lo, nossa alma é guiada pela inteligência e deixamos que o corpo nos conduza para as aberturas ansiosas das descobertas e sutilezas intrínsecas da sabedoria, sabedoria singularmente autorizada e manifesta de horas curvadas nas leituras pluralistas, às horas nos aflige nos impõem medo e insegurança, tornamo-nos sonâmbulos e inquietos, muitos querendo se apropriar dos conhecimentos ocultos e da ciência, outros em viés se apropriam do prazer e satisfazem os desejos, ninguém sabe ao certo a que horas ocorrera a reviravolta mundana, estamos embaixo de árvores protegendo-nos, usando as sombras para nos esconder dos erros escaldantes, entretanto, saímos quando queremos sermos vistos, olhados e comentados pretensiosamente, a seu tempo, a sua hora, a nossa maneira de enxergar a similitude e percalços da alma em encontros acidentais.

Velejamos em rotas desconhecidas, subimos e descemos, nadamos e corremos nos momentos de suprema esperança motivadoras, configuram-se as horas, passam-se as horas em ritmos frenéticos alucinantes, nos minutos que se seguem entre as fendas aos olhos do observador sobrepõem as horas imaginadas. Cria-se e cultiva-se dentro dos segundos certeiros os recitais, receitas de fé e credos, as apologias ao Ser pensante, tudo se concretiza em uma única função definida onde os atalhos para se chegar a tempo recalcitra a espera na hora regente.

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 04/09/2008
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