Belém
Sentado sob as sombras das vistosas mangueiras,
Penso no tempo; no que foi, no que é e no que ainda vai ser.
O mesmo passa, e eu começo a sentir as pesadas gotas causadas pelas chuvas de março.
Entro em conflito, pois o instinto de fugir da chuva inicia uma batalha
Contra a vontade de estar e observar a beleza da minha terra.
Vejo a água cair do céu lavando o suor da minha gente trabalhadora.
E eu já ensopado, mas, por mais que tente partir, não tenho coragem de não ver a comoção desse povo. Dessa gente.
Gente simpática, hospitaleira
Gente de garra, mas às vezes acomodada
Gente de fé, ainda que às vezes desiludida
Gente que brilha, e às vezes, brilha mais.
Gente paraense.
Gente de Belém!