Poesia Inacabada

Tempo de carnaval, praia, mar e sol, ondas que quebram na praia, o pensamento a fixar-se no horizonte, surge a falta do poeta. Sem poema, sem encontro... Nada sou. Saudade do autor, saudade da história.

Fui personagem de estrofe encenada. Nada escrito, nenhuma testemunha, apenas a lembrança da poesia vivida.

Houve palavras verbais, muito mais gestos e atitudes, mas constituíram no maior de todos os poemas, cheio de lirismo, encanto, sentimento e emoção.

Fica o poema apreendido na memória, sentido na saudade de um dia ter sido escolhida. Perpetua na imaginação, se mantém poema vivo e itinerante.

Fez de mim sua página escrita, virei palavra, virei rima, virei verso. Agora repouso como poema, na busca do autor que venha a escrever novos versos.

Tornei-me a própria poesia inacabada.

Volte, venha de novo produzir em mim sua poesia. Venha... Escreva em mim.

Nerah
Enviado por Nerah em 01/03/2006
Reeditado em 02/05/2008
Código do texto: T117098
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