POR TRÁS DA NOITE MOLHADA
Pior que tua alcunha plagiada - versos e bocas
É lamber com a língua ignota, teu fuço de marmota
À repugnante amizade entre o peito e o hímen
Chegando à rota margem e esmerilhando sandices
Duas vezes cerrada à imagem do leito e do homem.
É crônico, mas é inchaço
Se não o fosse, não haveria em nós o alento
Nem seria tão belo e nem tão viva a página
Sangraria, sem merecimento, a regra hepática
E o edredom riria, debalde, por toda a noite molhada.