VÔMITO
A prender a alma no travesseiro, travessia incorpórea
A emergir cedo dos lençóis, devaneio cantante
Sentimento galopante e estapafúrdio
Ardendo mais do que a lagarta de fogo
Alheio ao mundo desse ninar obscuro - intumesce
O que a música resgata em tons de cinza.
O véu irrompe o silencio e... haja!
Das vezes que fui nau na água impura e soberana do teu ser
- Invólucro de prata, sargento da dor –
Antecipando e, por demais, maquiando a satisfação e o pejo
De ser vingativo, de ter escada para alcançar meus muros serenos (nada secretos)
Tenho a pá, mas a enxada não trabalha à treva.
Só, às vezes, nega-me ó amigável peito!
Que não se alimenta direito, nem descasa
Não conhece o lado imundo do anti-verso
Nem discorre sobre as veias ressequidas.
De que forma se faxina o queixo?