Libélula

Libélula

Delasnieve Daspet

É primavera.

O alagado agora é relva.

Há vida.

A lua caminha no céu

Cinzento.

No meio da noite

A libélula muda.

Se transforma, sai do casulo.

Cria asa e voa.

Como dói abandonar o seguro.

Tornar-se livre.

Criar asas, voar!

Deixar grudado

No caule do mundo

Tua casca antiga,

Tua vida!

Voar no horizonte,

Sem destino caminhar,

Morrer incandescente

Nos braços do primeiro lampião da rua!

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27-09-2001 -Campo Grande- MS

Delasnieve Daspet
Enviado por Delasnieve Daspet em 12/03/2006
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