Vã notícia
Morreu a afeição profunda,
A essência imperecível...morreu!
Ninguém a socorreu.
Quem presenciou foi a madrugada,
Que se suicidou ao amanhecer.
E o homem, sem testemunha
“Aproveita” o dia sem nada saber.
Quem poderia contar como aconteceu?
A ilusão, que vivia andando com ela
E sem explicação a abandonou?
Foi viver com a decepção, que logo a sufocou...
Quem poderia justificar?
A razão, cuja voz e credibilidade perdeu
Desde que este sentimento eclodiu
Feito larva em vulcão?
Quem poderia investigar?
A verdade, decepada e aposentada
Na zona rural?
Quem fará o funeral?
Artistas embriagados, amantes separados,
Filhos órfãos, pais desempregados?
No fim desta coluna, na qual iria declarar
O desastre sentimental,
A crise eplético-socio-emocional
Apareceu a Hipocrisia, com notícias mais quentes,
Com fotos de um jornal mais recente
Sobre a fabricação de “amores” para o homem atual.
Fechei meu artigo,
Selei o envelope com profunda dor...
Enviei em completo sigilo
Para a Esperança,
Pedindo sem pressa, nem estilo
Um novo e verdadeiro amor
Que mandasse em forma de vento
Que ninguém visse nem tocasse...
Só sentisse...
Pois de prova de amor
A sociedade já está cheia.