Vã notícia

Morreu a afeição profunda,

A essência imperecível...morreu!

Ninguém a socorreu.

Quem presenciou foi a madrugada,

Que se suicidou ao amanhecer.

E o homem, sem testemunha

“Aproveita” o dia sem nada saber.

Quem poderia contar como aconteceu?

A ilusão, que vivia andando com ela

E sem explicação a abandonou?

Foi viver com a decepção, que logo a sufocou...

Quem poderia justificar?

A razão, cuja voz e credibilidade perdeu

Desde que este sentimento eclodiu

Feito larva em vulcão?

Quem poderia investigar?

A verdade, decepada e aposentada

Na zona rural?

Quem fará o funeral?

Artistas embriagados, amantes separados,

Filhos órfãos, pais desempregados?

No fim desta coluna, na qual iria declarar

O desastre sentimental,

A crise eplético-socio-emocional

Apareceu a Hipocrisia, com notícias mais quentes,

Com fotos de um jornal mais recente

Sobre a fabricação de “amores” para o homem atual.

Fechei meu artigo,

Selei o envelope com profunda dor...

Enviei em completo sigilo

Para a Esperança,

Pedindo sem pressa, nem estilo

Um novo e verdadeiro amor

Que mandasse em forma de vento

Que ninguém visse nem tocasse...

Só sentisse...

Pois de prova de amor

A sociedade já está cheia.

Suspiro
Enviado por Suspiro em 16/10/2008
Código do texto: T1231223
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.