Escrevo enquanto alma, o verso.

Indo tão longe nestas andanças,

Que do ardor das lembranças, agora;

Só guardo comigo o que é eterno.

O calor do primeiro beijo.

O viço do derradeiro sorriso.

A intensidade do primeiro abraço.

O clamor da tua imagem,

Que se esvaiu nesta distância

Onde mora minha profunda saudade.

Então por ti escrevo...

Criando nos traços, caminhos.

Nos quais te procuro incessantemente.

Nestes; anseio casar meus pés nos teus passos.

E mais uma vez assim

Viver nossa paixão.

Então, assim escrevo...

Contudo nessa construção me perco.

Porque passei a ser o texto,

Vivendo-te eternamente através dos olhos,

Que por oportunidade, um dia,

 Irão ler estes versos desconexos.

Escrevo: sim ainda e apesar de tudo.

Pois mesmo com toda injustiça e contratempo

Que possa existir na vida,

A você e por você, meu amor;

Assim escrevo.

 

 

 

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 21/10/2008
Reeditado em 21/10/2008
Código do texto: T1240522