Um tanto de mar.
Uma parcela de vontade,
Um pouco de brisa
Acariciando uma saudade.
E toda essa distância
Para armazenar estes teus encantos,
Que de tantos,
Já pesam sobejamente no meu coração.
Meus olhos! Ocupam-se assim:
No ventre da ausência.
Minha alma só desassossego,
Desespero insano no hoje plano,
Infinito azul deste oceano.
Meu corpo requer teus tenros braços.
Meus abraços desejam envolver-te.
Minhas urgências desfaleceram por ti...
Mas então debaixo dos meus pés,
Ainda há muito que prosseguir.
Seguir, expurgar a monotonia venenosa.
Olhar o horizonte, fazer prosa.
Troça com a dor da ultima hora de recordações.
Pois o dia se foi.
E o argumento das lembranças
Ainda há de me matar,
Na esquina escura antes do porto.