Um tanto de mar.

Uma parcela de vontade,

Um pouco de brisa

Acariciando uma saudade.

E toda essa distância

Para armazenar estes teus encantos,

Que de tantos,

Já pesam sobejamente no meu coração.

Meus olhos! Ocupam-se assim:

No ventre da ausência.

Minha alma só desassossego,

Desespero insano no hoje plano,

Infinito azul deste oceano.

Meu corpo requer teus tenros braços.

Meus abraços desejam envolver-te.

Minhas urgências desfaleceram por ti...

Mas então debaixo dos meus pés,

Ainda há muito que prosseguir.

Seguir, expurgar a monotonia venenosa.

Olhar o horizonte, fazer prosa.

Troça com a dor da ultima hora de recordações.

Pois o dia se foi.

E o argumento das lembranças

Ainda há de me matar,

 Na esquina escura antes do porto.

 

 

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 24/10/2008
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