AH, A POESIA!

Ah...

Sempre o afago!

Silente e febril

De posse úmida

Com pose invertida se apossa.

Mágoas ao vento

Frente terna

Interlúdio, cachalote e inverno

Hora, jaca à calda de figo

Hora, demagogia.

O inferno!

Sempre o incerto

De vez, debalde, rumando

Na centelha que chega à chaga crua

À vida nua e à praga tua.

Vezes, o verso

Implorando róseo afeto – balsâmico

Por primaveril e cego

Inda na pura idade, inda mole

Não tem rusga, mas cativa.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 28/10/2008
Reeditado em 04/12/2008
Código do texto: T1253259
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