AH, A POESIA!
Ah...
Sempre o afago!
Silente e febril
De posse úmida
Com pose invertida se apossa.
Mágoas ao vento
Frente terna
Interlúdio, cachalote e inverno
Hora, jaca à calda de figo
Hora, demagogia.
O inferno!
Sempre o incerto
De vez, debalde, rumando
Na centelha que chega à chaga crua
À vida nua e à praga tua.
Vezes, o verso
Implorando róseo afeto – balsâmico
Por primaveril e cego
Inda na pura idade, inda mole
Não tem rusga, mas cativa.