DEZ OU MAIS PASSOS, PARA TRÁS.

Desculpa-me criança dos meus tempos de infância

Que fiques aí no passado, que não volta jamais.

Tornei-me adulta, não vês que me tornei Mulher?

Pertenço ao mundo dos maiores, aqui tu não podes adentrar.

Não teimes, dez ou mais passos para trás, ao passado, lá, tens que ficar. Hoje sinto outros desejos, não mais àquelas vontades infantis, dos tempos atrás!

Fica-te, aí, os meus sentimentos, já disse, são outros, àqueles não voltam mais; meus sonhos chamam-se, agora, expectativas e na minha realidade não cabe o faz de conta!

Desse mundo posso contar-te que, às vezes não falo o que penso

E quando tenho algo a dizer me demoro pensando no que tenho a falar.

Ando tão mudada, criança, nem sei como tu ainda me reconheces em mim!

Vê, meu rosto transforma-se a cada dia, o meu riso tornou-se bem distinto do teu; claro, ainda me rio, e continuo chorona como antes,

a vida me toca, e quando alguém desta vida toca em mim é outra a sensação, é diferente de cócegas, faz vibrar todo o corpo e coração.

Ah, infância, para trás, me encanta o meu agora e antes que eu envelheça, deixa-me ao desfrute do amor, ao deleite usura, ao arrebatamento do sexo e da paixão deixa-me ser quem sou, por favor!

Prometo qualquer hora voltar no tempo,

E te rever aí, a onde tens que ficar, falaremos do que for...

Sei estás crescendo, assim como eu, então falaremos de amor.

Não te esquecerei,

Estás em mim como eu estou em ti

E eternamente seremos, nós!

Tchau, nos vemos, beijos!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 31/10/2008
Reeditado em 31/10/2008
Código do texto: T1257916
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