TRAÇOS INDELÉVEIS...

Quando eu volto,

Eu sempre volto para o mesmo lugar.

Então,

Eu busco pela carícia

Daquelas águas mornas

Pelos pingos suaves que se mesclaram

Às lágrimas da minh'alma angustiada.

Eu volto para aquele riacho tépido,

Murmurante...

Escondido entre as palmeiras que são só minhas!

Porque só elas balançam sob os meus sentimentos.

Volto para o jardim das azaléias de sempre,

Aquelas que plantadas dentro de mim

Jamais se foram...

Pois eu nunca consegui esvaecer os paraísos...

Volto para os desenhos

Traçados nas areias da vida

Tão efêmeros quanto a brisa que passa

E que se vai,

Mas a deixar pelo chão

Traços indeléveis

De poesia e de saudade...