MEU DIÁRIO

Décimo quinto dia,

Outono de Mil Novecentos e Quarenta,

Dez horas, dobram-se para ás vinte,

Como uma magia.

O astro rei

Totalmente oculto,

Período de obscuridade,

A linda manhã daquela estação

Como por encanto

Enche de estrelas

O meu coração.

A massa turva

Acalenta a mãe terra,

Uns questionavam:

"Oh! que é isso?"

Outros:

"O mundo vai se acabar?"

Na minha ingenuidade notei,

Eclipse a despontar,

Banhava-me com o resplandecente luar,

E nesse crepúsculo descobri

Não posso viver sem ti,

Tu és meu sistole, vou sempre te amar.

Querida, nunca machuques

Meu rico coração,

Já não é tão saudável

E tão pouco e aquele,

Você pode se ferir

Uma vêz que, mora dentro dele.