Um encontro com o sol
Um encontro com o sol
Dois elefantes encontraram-se num banhado.
Um desejava ofender ao outro,
Mas com muita sutileza.
Então, concordaram que cada um
Diria um pensamento seu ao outro.
O Elefante-gordo diz para o Elefante-+-que-gordo:
O martelo prega
Um sonho na parede.
Ele diz que da janela
O sol + bonito que na parede.
A aranha desconhece
Que as moscas
São de uma porca espécie.
Sabe apenas,
Que não há rima para a morte.
O Elefante-+-que-gordo bate
As patas no chão
-é a forma deles agradecerem-,
mas, logo declara o seu poeminha:
É tão triste e distante
Desconhecer uma trilha
E, nesse instante,
Por descuido, deixar-se à matilha.
É tão triste e deselegante
Que num dia de sol deslumbrante,
Eu, um tolo elefante,
Torne-me um farsante.
O Elefante-gordo concorda
Que o Elefante-+-que-gordo
É muito mais irônico,
E, por isso, convida o amigo
Para tomarem banho
Na primeira poça que avistam.