Cravos pra sempre

Cravos para sempre 4 agosto 89

Sozinho no mundo agora.

Lá nomeio do imenso campo.

Campo de flores! Flores, flores!

Caminha em meio ao aroma;

espera um trem que vindo vem.

Um trem ensinado que não precisa

de ninguém para dirigi-lo.

Sobe e vai embora.

Olha pela janela para o horizonte.

Que bonito agora. Só flores no mundo.

Só ele, as flores e o trem.

Os trilhos indo pra longe, pra + flores.

Nem animais. Nem árvores. Nem rios.

E nem céu, mas flores.

Não importa o quanto pode assim viver.

Agora morreu. Pertinho dele,

o trem suspira e ninguém há

para flores ofertar.

E pra que???

Flores belas foram.

Que não sejam úteis, agora.

César Piscis
Enviado por César Piscis em 07/12/2008
Código do texto: T1323271
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