Cravos pra sempre
Cravos para sempre 4 agosto 89
Sozinho no mundo agora.
Lá nomeio do imenso campo.
Campo de flores! Flores, flores!
Caminha em meio ao aroma;
espera um trem que vindo vem.
Um trem ensinado que não precisa
de ninguém para dirigi-lo.
Sobe e vai embora.
Olha pela janela para o horizonte.
Que bonito agora. Só flores no mundo.
Só ele, as flores e o trem.
Os trilhos indo pra longe, pra + flores.
Nem animais. Nem árvores. Nem rios.
E nem céu, mas flores.
Não importa o quanto pode assim viver.
Agora morreu. Pertinho dele,
o trem suspira e ninguém há
para flores ofertar.
E pra que???
Flores belas foram.
Que não sejam úteis, agora.