O PROBLEMA É A DOSE!

Realmente, o problema é sempre a dose! A pouca dose do amor, a pouca dose do tesão, a pouca dose da ação e da reação que muitas vezes se faz necessária para a melhor sobrevivência! E assim, entre os tantos pesos da vida, o problema é sempre a dose. A dose fraca do veneno que não mata, mas que deixa moribundo e vegetativo o ouvinte, o leitor e o transeunte. A pouca dose das boas conversas, dos grandes sorrisos, dos grandes encontros... A dose máxima dos desencontros, da falta de cumplicidade, das tormentas que nem precisavam acontecer... mas que acontecem porque deixamos que aconteça. De fato... de fato realmente, o problema é a dose! A dose medíocre e fraca dos cafés, das palavras, dos gestos e dos acertos. A dose de uma interrogação do que seria sem ser, mesmo quando já foi há tempos. A dose fraca e miserável do estado de vida, do mal estado de vida! E puxa vida... que dose é essa? Por que tão inacabada ou acabada? Por que tão injusta ou justa? O problema que nos absorve e nos consome, definitivamente, é a dose. A dose do que queremos ser, do que queremos para nós... a dose que, infelizmente, muitas vezes não damos na nossa vida! E essa é a diferença para sempre! Porque, entre o remédio e o veneno... a diferença também é a dose.