O ADEUS

Encantos, desencantos, ternas lembranças...

Olhos razos d´agua, últimos apelos,

últimas palavras... Pranto!

É hora do adeus!

Um desejo profundo de voltar atrás,

de gritar em altos brados

essa recusa que sufoca, mas do grito,

só murmúrios e lamentos...

A mudez domina a todos,

é mais forte..., atemoriza!

É chegado o momento do abraço forte.

As palavras já não valem nada

e dão lugar apenas

a um último olhar, puro e terno!

A partida se anuncia: um aceno,

outro aceno a mais

e uma lágrima a rolar!

Depois do inevitável e amargo adeus:

as lembranças dos gestos,

dos bons momentos,

das doces palavras...

A saudade em tudo se faz presente:

dilacera o coração cambalido de quem fica

e flores de angústia invade

o coração de quem parte, em busca

de novos horizontes, novas emoções...

Resta a esperança que se denota

como um lenitivo nas belas paisagens,

nos arvoredos, no imenso céu azul-anil!

E assim, nesse penhor que consola,

que abriga, vislumbra o dia da volta;

um dia, quem sabe, em que os olhares

atônitos se reencontrarão

com ternura e emoção,

para nunca mias vivenciarem

o amargor do triste adeus!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 18/12/2008
Reeditado em 23/01/2010
Código do texto: T1341921
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