ALMEIDA, O BRASILEIRO

Pouco instante

Instar...

Tão distante!

Amar o mar do Rio, estar

Viajar ao revoar sentido, sentindo

Marejar sob o luar sofrido, terníssimo

Em encanto destro

Ao canto mais modesto

Duma voz sem invólucro

Ósculo n'alma, maestro.

Na prateada noite ondulada

A areia, a calçada, a rima pueril

Assediando a essência a se lograr de boba

A cair na graça e no lampejo da mente luzidia

Tanto à noite, quanto ria

Pela raiz do pascigo açucarado deste bocado

De brisa inspirando, deslizando

A ocultar brácteas longilíneas plenas

Uma nota poética sussurrando em mim

O mito perpétuo: Antônio Carlos Jobim.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 23/12/2008
Código do texto: T1350605
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