Eu e o limite.
Curvas esquinas e um palpite.
Saber mais da distância do que seu tamanho.
Viver muito mais a imensidão
Do que o palpável perímetro.
Onde toda ansiedade mora
E aflora no suor da letra.
Essa que se retrai no despautério do exegeta.
Meu constante mergulho nas circunstâncias.
Companheiras que surgem como oportunidades,
Assim ofertando-se ao meu critério.
Minha matéria prima.
Minha argila descansando em decúbito.
Pronta para receber minhas mãos.
Palavras, versos;
Universos em conflito.
O atrito.
Um grito aflito,
Uma alma em ebulição.
Enquanto existir esperança.
Enquanto houver um sorriso.
Enquanto uma estrela brilhar no céu.
 
 
Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 26/12/2008
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