As máscaras, enfim caíram…

Com refletores apagados, posso te enxergar melhor…

Vejo o que, antes, as lágrimas não permitiram!

Sem platéia. No palco sozinha,  posso dançar!

Sem depender dos aplausos seus, posso tentar ser EU,

Dizer adeus e encarar: você me fez sangrar!

Não há mais ninguém aqui, só eu , você  e a sensação

Inexplicável da liberdade de poder dizer, direta e

Friamente: Deixei Você!

O “show” acabou, despeça-se…ou não. Não faz diferença.

Só meu corpo está aqui,  porque é preciso olhar-te no fundo dos olhos

P’ra entregar-te a minha ausência. Conviva com ela!

Amarras soltas, correntes quebradas… alma não mais escravizada…

Nem por você, nem por ninguém, nunca mais!

Nua e sem maquiagens, agora posso voar!

Sangrando sim, mas a água da chuva, um dia , me lavará!…

E nem vai parecer que tanto sangrei…

Bendita chuva…Bendita coragem: de mim te arranquei!

Deixei Você, estrela solitária no meio da constelação!

Ninguém mandou tentar quebrar meu coração!

Agora, preciso voar alto, dar voltas no ar e um grande mergulho

Na profundeza do meu mar!

Quando à tona voltar? Respirar como nunca e novamente amar!

Vai ser bom experimentar a coragem de Te Deixar!

Só peço que te aproximes mais uma vez, pois vou sussurrar em teu ouvido o que me resta dizer:

Deixei… Você.

Andreia Jacomelli
Enviado por Andreia Jacomelli em 02/01/2009
Reeditado em 04/01/2009
Código do texto: T1363289
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