Ao Infame
O meu silencio, o seu martírio
O meu veneno, o seu delírio
Sussurro cúmplice, olhos presos aos meus
Sorriso hipnotizante, ópio entre véus
Um grito no escuro, sem ar, a dor
Era puro ódio, achou que era amor?
E seu sangue me banha, me alimenta o sadismo
Tolo conquistador barato, cafajeste com otimismo
Eu te limito a impotente, decadente, te castro
Tiro o poder de controlar o leme, vai ao léu sem mastro
Cretino e vil, infâmia débil, criatura doentia
Alma execrável, abjeto de pouca valia!
Poeira de tumulo, cheiro de morte, entojo sem sorte
Que desfaleça em misérias, no abismo, e nunca volte!