Meu pé de acerola


Um belo dia, ao sair para passear, encontrei alguém vendendo mudas de flores e frutas. Havia mudas de rosas, cravos, azaléias, margaridas, tulipas, orquideas e muitas outras. Havia também frutas das mais variadas; jambo, mamão, abacate, limão, laranja, acerola e outras.

Entre tantas opções, escolhi uma que mais me agradou. Uma muda de acerola que se destacava junto às demais. Levei-a para casa, colocando-a em um canto onde ninguém pudesse maltratrá-la, até que encontrasse o lugar adequado para plantá-la. Levou em torno de uma semana para definir o lugar apropriado e prepará-lo.

Após o plantio, vieram os cuidados. O adubo orgânico, sem nenhum produto químico, água pela manhã, à tardinha e sempre que possível. A mudinha foi crescendo, crescendo, sempre tratada com um carinho muito especial. Com aquela conversinha que só mesmo as plantas podem entender. E no embalo do vento, a sua resposta sempre amiga.

Assim, o tempo foi passando e a mudinha se trasnformou em uma linda árvore. Veio a primeira floração, e com ela os primeiro frutos. Nesse período, acolheu um casal de rolinhas, que fizeram o seu ninho por entre os seus galhos e folhas, vivendo ali momentos de amor, tendo como frutos dois lindos filhotinhos.

Com o passar do tempo o pé de acerola ficou mais robusto e outras florações vieram, e com ela muitas frutas, cada uma mais tenra que a outra.

Hoje ele está mais lindo ainda. Está florido, e um casal de assanhaços adotaram seus galhos e folhas, fazendo ali um ninho aconchegante, onde todas as manhãs e tardinhas enchem o ambiente com seus cantos harmoniosos. Suas lindas flores dão um contraste de beleza sem igual, proporcionando uma visão digna de êxtase aos olhos que o admiram. Assim é a natureza. Em cada folha, flor e frutos, uma resposta a cada gesto de carinho.


13/02/00