E quando a gente se questiona ...

Porque ser tão verdadeira ?

A verdade nunca é a mesma para todos

nem as cores do arco íris

ou as estações do mundo.

Porque a razão não pensa com alguma emoção ,

muitas vezes cega

está sempre com pés fincados no chão?

Será que nunca pegamos o mesmo trem ou as linhas nunca se cruzam para um simples adeus ?

Fico a pensar como a gente se apega rápido

a algumas coisas e pessoas ....

se entristece quando algo se apaga abruptamente ...

e sem olhar para trás vamos deixando sombrio os lugares

numa corrida veloz, cortando caminhos,furando montanhas sem parar um momento para conferir os finos, frágeis fios

que desliza a vida em eterno movimento ...

O rumo poderia ser as estrelas,

mas sem pensar não acertamos as rotas

os mapas ou ponteiros dos relógios ...

É preciso andar passo a passo no tempo, no espaço

na viagem que aos olhos descortina

e os companheiros reais do destino.

O inferno as vezes irrompe nos céus nos deixando fracos

por sinais equivocados, obcecados, radicais ...

sem culpar ou ser mártir temos que construir outra estrada,

ligar pontes ,fazer outros elos

não deixando o mundo nos tratar como lixo...

semear novos jardins

pelo menos por mais algum tempo ou o que resta do tempo ...

mesmo com o corpo pesado, a alma cansada com amargor do fel

a vida ainda é bela e muitas vezes tem sabor de mel.

12/04/06- 5h40

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 12/04/2006
Reeditado em 12/04/2006
Código do texto: T137769