Fugi do desejo,
Na letra esguia que se erguia
Como arte entre parâmetros da minha alma.
Abdiquei da vontade para não sofrer,
Adulei proposições para sorrateiramente evadir-me.
 Fugi dos teus lábios, pois teus olhos já me prendiam.
E no contexto resisti o quanto pude;
Mas enfim o calor da tua boca venceu.
Irracionalmente suprimi meu recato.
Ao luar vesti-me com as sensações do teu corpo,
Ao teu ouvido recitei algo indecoroso.
Unicamente para trazer nossos corações
Ao indizível momento de nós dois.
Onde ambigüidades se definem
Com a rude suavidade do sentir.
 
 
Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 11/01/2009
Código do texto: T1379046