UAU!

Um anjo azul emergiu da melancia plantada no telhado!

Tinha asas líquidas, pés de cristal e um picuá descosturado

[sobre os calos]

Havia cinzas no lugar do cabelo; chorume a fluir pelos poros.

Nossa! Nunca vi isso em toda a minha vida!

O anjo grunhia uma série de ladainhas célebres

[azedas]

Rangia as gengivas de abacate como quem corta queijo

[Rac, rac, rac...]

Nossa!

Aquele anjo... Parecia uma tipóia, um unguento

Não posso contar o que havia acima de suas coxas, lamento!

Mas, a não decepcionar a sua curiosidade, profiro-lhe, em bom tom:

Serra, não era!

Apanhaste?

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/01/2009
Código do texto: T1397520
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