O dia em que pensamos poder amar sob umas estrelas tão brilhantes e gélidas, que poderiam nos queimar e dissolver.
Dezenove de julho de 1989
O dia em que pensamos poder amar sob umas
estrelas tão brilhantes e gélidas,
que poderiam nos queimar e dissolver.
Como você foi linda
quando lhe conheci!
Naquele dia, eu havia escrito
dois mil livros
e estava dando pulinhos de feliz.
Eu vi logo:
Nós dois tínhamos
os corações em chamas.
E quando passou um tempinho.
Você (deve ter) pensou:
-Ele deve ser só água.
Sim, só pude ser, se chorei.
Chorei sim.
Porque não o faria?
Faria agora só falar com você.
Faria agora revelar
a maldita aproximação maior
que não pude fazer.