O AZUL DA ROSA
O AZUL DA ROSA
29 de 9mbro 1995
o verão podre insinua-se,
mas pela manhã é friozinho ainda
Ah, descobri você
sob as mortas pétalas de rosas.
Não era uma delas você.
Fingia, talvez, mas seu coração
de azul sem fim,
mostrava seu ser sentimental.
Azul que não era o
avermelhado daquelas que,
agora mortas.
Horrível viver assim,
em meio aos que não
lhe reconhecem, e longe
dos que reconheceriam você.
Mas você também morta é.
Que importa sua cor.
Que importa o que desejava você.
Morta é.