O AZUL DA ROSA

O AZUL DA ROSA

29 de 9mbro 1995

o verão podre insinua-se,

mas pela manhã é friozinho ainda

Ah, descobri você

sob as mortas pétalas de rosas.

Não era uma delas você.

Fingia, talvez, mas seu coração

de azul sem fim,

mostrava seu ser sentimental.

Azul que não era o

avermelhado daquelas que,

agora mortas.

Horrível viver assim,

em meio aos que não

lhe reconhecem, e longe

dos que reconheceriam você.

Mas você também morta é.

Que importa sua cor.

Que importa o que desejava você.

Morta é.

César Piscis
Enviado por César Piscis em 31/01/2009
Código do texto: T1414903
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