Pedaços de memória
Assusto-me quando a minha solidão me agrada,
Não é solidão sozinha,
É propositada, provocada
Como um vómito bom
De moléculas proveitosas.
Posso até estar louca
Mas sinto-me leve e desencadeada
De tudo!
De todos!
De ninguém…
Vou aos limites,
A um céu e a um inferno,
A um mar de rosas,
A um antro de angustias.
Aqui só há palavras,
Coisas demasiado certas,
Demasiado arrumadas…
Pergunto-me, agora que estou mais leve e a noite começa a envelhecer, qual seria a reacção de algumas pessoas ao lerem um pouco do que aqui escrevo e o tanto que a minha mente tem a dizer. (…)
Já não me apetece chorar, mas sei que amanhã terei vontade de novo.
(excerto integrante do meu diário pessoal)