ATEMPORAL

Estou pensando um poeta, aliás, uma poesia. Li Mário de Andrade e Quintana, então voltei ao meu caminho, humilde e lembrei que preciso liberar meu medo, enfrentar a vida, essa fornalha que me queima o peito e desvanece meus sentidos. Ah! Como sonho dedilhar versos perfeitos, um violão tocando uma sinfonia, letras encaixadas, uma imensa alegria no coração. Respeito a saudade, a solidão, peso e penso a lembrança como futuro desfeito, presente passado, e passado mais que perfeito. Quero uma eternidade de rimas espontâneas, sonetos que emolduram o amor, a poesia na essência, a flor única de um jardim divino. Tudo isso eu quero, ser poeta, ser homem, ser a paixão que não engana, ser mais um que o tempo não esqueça.