VAGÃO LITERÁRIO

Vagam em meus versos, velhos vagões,

da antiga Estação chamada Central,

badalos de sino, e uma voz chamando,

Embarquem depressa! O trem vai partir...

Foi de encantamento e de pura emoção,

viajar neste trem, em tão belo vagão.

Viajei...viajei por ferrovias encantadas,

Entre estrelas...brilhantes do infinito,

Passamos por montanhas, pradarias e bosques,

Atravessamos o Arco-Iris com trilhos coloridos,

Paramos numa estação, parecia de esquí,

Era tudo muito branco, beleza sem igual,

Anjos tocando harpas em nossa homenagem,

Aumentou a emoção, quando olhando pela janela

Num banco da praça sentados, lado a lado,

Érico Veríssimo e Mario Quintana conversavam,

Que viagem inesquecível eu realizei!

Alguns iram duvidar, outros que sou utópico!

Dirão que sou desvairado, fora da razão...

Sê, assim, pensarem! paciência, não sou o único!

Há tantos, que como eu viajaram neste trem,

Nesta viagem infinda! Todos que estavam comigo,

Conheceram tudo isto, ou quem sabe muito mais!

Em nosso trem imaginário, só viajam os poetas.

"Homenagem a Casa do Poeta Brasileiro Cassino/Rio Grande-RS, que funciona em um vagão, na antiga estação ferroviária de Rio Grande". Wilson Fonseca

WILSON FONSECA
Enviado por WILSON FONSECA em 26/04/2006
Reeditado em 26/04/2006
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