Inconsciente

Num parque do futuro, a inclinação do vento pelos campos, aquela água que foi o corpo banhado da aurora. E a emoção que descia sobre a boca líquida, em viagem à luz os olhos sublimavam a sombra das horas. Bebesse a harmonia angular do crepúsculo. Depois de tudo que era imenso, o silêncio veloz funda os dias. Ronda o mar exposto à vertigem das aves. Um traço de vidro reflecte a noite - errando pelas pálpebras. Esta noite, no inconsciente. Outra claridade. O silêncio num parque de sombras expostas.