Pecados imaginários.

A música sobe,

Sou levada entre braços invisíveis que me rodopiam e rodopiam.

O homem que me conduz é o que desejei em todas as minhas noites.

Ele traz o perfume do mar em noite enluarada e estrelada de verão.

Esse homem é o que desejo a bolinar-me os desejos mais íntimos

E a descobrir em mim cada centímetro que arde em minha pele

Desperta pela vontade de por ele ser possuída e levada por entre

Sedas e cetins e pétalas que se misturam aos nossos corpos acesos

Pela vontade de que o tempo nunca passe, que se eternize,

No exato momento em arrancarmos um do outro a divina explosão.

Esse é o homem que de mim tira insanos pecados imaginários,

Que vem e vai a deixar-me lânguida... Entregue...