AS LOUCURAS DO TEMPO
Sóbrio às loucuras habituais do tempo
Voam tanto, entoam canto
Nem o colibri-de-agulha sabe do manto que desnuda
Abre a mão na hora breve.
Tenho calos nas odisséias do passado
Sei das brumas, sei das mazelas
Tão quanto me embrenho nas favelas da vida
Na preciosidade de viver na ida.
Sem volta, há essência
Sem nota, hei de prosseguir
Não quero chegar a nenhum lugar
Mas, irei a todos.
Que me beijem, convolutos, os sais das manhãs
Que me fitem os descondensados golfinhos
As jubartes hão de me cumprimentar, ilesas
Quando a tarde cair; onde o dia assumir o porvir.
Nem sombra
Nem porquanto sobra
A apologia infernal
O termo, a lei, a nau...
Sabes...
Fico no canto aberto do quintal
- com vista para o mar; como azeitonas! –
E o copo repleto de lágrimas para nos servir no desjejum.