Sem Sombra de Dúvida.

Floresceu a dúvida no jardim de Flora que chora e ri, que ri e chora e se perde suspirando, imaginando coisas e ignorando o tempo e as horas...

Anda tão desligada e num desleixo imenso, que até penso:

_Meu Deus! Coitada de Flora!

Toda dúvida é cruel!

Maltrata fundo, destrói um mundo e nubla o céu!

É sombra fria que a luz do dia não pousa. É pensamento redundante que não repousa.

É o simples advento, que, caprichosamente a alma acolhe, mastiga, engole e rumina...

E a dúvida oscila entre o sim e o não!

E, longe da paz, a alma definha num tanto faz, só causando confusão.

Ah, duvidar pra quê, Flora?

Em terra arada pela dúvida, certeza não aflora!

Marisa Rosa Cabral.

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 20/03/2009
Reeditado em 13/10/2013
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