O lápis e o homem POP
O lápis e o homem POP
“Onde quer que chegue, não perca a consciência
De que és o homem mais ignorante do lugar,
e sejas cauteloso.”
Franz Kafka, O castelo.
Que destino cruel, indaga-se um lápis,
após ter trabalhado sobre
o asfalto branco por horas a fio.
- Sim, que me acontecerá,
pois daqui a uns dias, nesse ritmo louco
que vai tomando o homem POP,
Estarei dizimado!
É certo que continuarei a existir no asfalto,
mas que distinção há nisso?
Esse desgraçado só me usa pro rascunho,
depois passa tudo pro computador
e sou jogado de lado.
Pois urdirei uma vingança!
Que meu pó lhe cegue devagarinho.
Falarei com minha prima, a caneta
e que tome ela também essa atitude.
Assim, tudo bem: cego, não me usará +.