SOLIDÃO.

“Estado de quem se acha o vive só.”

Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda.

Entretanto, e, não obstante, neste comenos, pede-se licença ao cultismo para prosaicamente se conceituar este verbete.

Enquanto estado, sim, o é!

É estado estranho, onde a própria língua soa aos ouvidos como se fora dialeto desconhecido.

É, também, e embora, a redundância, é estado sem federação; centrado em si mesmo.

Ademais solidão é:

- Um olhar perdido na distância a divisar somente o nada,

- Um estar sem pertencer, ou;

- Um não estar contido.

É um aceitar sem questionar o velho, à conta de novidade.

É dizer a história sem falar o passado.

É um não sei que, mesclado com um não sei quanto, de um cansar até não mais poder ou deixar-se à inércia!

É um não querer, nem mesmo, sonhar, porque ao se despertar – não se acha -, mas, se tem a inequívoca e total certeza que se está real e de mente – Realmente, solitário, nos limites estreitos, nos quais, define a razão o que é Solidão!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 02/04/2009
Reeditado em 02/04/2009
Código do texto: T1518398
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