MINHA PENA
Minha Pena
Minha pena
Acordou sem inspiração.
Que pena!
Minha pena está
Sem coração e sem alma.
Me tira a calma.
Nem ponto, nem palavra e nem traço.
Que faço?
Insisto e torno a insitir
Para que escreva.
Não desisto.
Sinto, então, um leve palpitar
De seu coração
A reacender o seu destino.
E eu quase em desatino,
Digo-lhe: Escreva,
Escreva o que quiser.
Minha pena então, desliza
Suave sobre o papel
E escreve - MULHER.
Cadê tua alma
Pena minha?
Que corria no papel
Sobre linhas, entre linhas
E até sem linhas.
Fazia tuas as palavras minhas.
E depois de MULHER,
O que vem?
O que tens a me dizer?
E a pena em suaves contornos
Me diz: Antes que me digas adeus,
Te digo: HÁ DEUS.
Sinto que à pena retorna a alma
E volta a mim a calma.
Ah! Que bom!
Minha pena ressuscitou.
Criado em 01.05.2006