Neblina do Sentimento
Quando fecho as ingênuas pupilas
tua imagem se abre esplendorosa.
Te quero tanto, tanto... vem,
és deusa, trigais e lençóis,
serena música das esferas
surreal sinfonia de bemóis.
Porém, me dói confessar:
Te odeio porque existes,
porque estás aqui sem sequer
colorir meus dias pardacentos,
convidar meu coração para a
última ceia de cumplicidade no amor.
Estendo o braço, foco o olhar
e ninguém, só o vazio insultante.
Abatido e frio me isolo.
Vivo o inquilino perpétuo
no cediço colo da solidão,
se já não caibo nem nos restos
dessa úmida e torpe agonia.
No entanto, me basta tênue flerte,
rósea neblina de teu sentimento
que me propicie sóbriamente te amar,
e o "quebranto" quebrar
mesmo por um momento... aceito!
Direitos autorais. Respeite-os!
Quando fecho as ingênuas pupilas
tua imagem se abre esplendorosa.
Te quero tanto, tanto... vem,
és deusa, trigais e lençóis,
serena música das esferas
surreal sinfonia de bemóis.
Porém, me dói confessar:
Te odeio porque existes,
porque estás aqui sem sequer
colorir meus dias pardacentos,
convidar meu coração para a
última ceia de cumplicidade no amor.
Estendo o braço, foco o olhar
e ninguém, só o vazio insultante.
Abatido e frio me isolo.
Vivo o inquilino perpétuo
no cediço colo da solidão,
se já não caibo nem nos restos
dessa úmida e torpe agonia.
No entanto, me basta tênue flerte,
rósea neblina de teu sentimento
que me propicie sóbriamente te amar,
e o "quebranto" quebrar
mesmo por um momento... aceito!
Direitos autorais. Respeite-os!