Sou máquina de carne e lanternas

Sou bruto, sou eu, sou nada.

Sou estudo, sou enxada, sou mato.

Sou fogo, sou ar e água.

Sou o míster do fato.

Sou assim, sou o fim.

Sou a verdade da mentira,

E a mentira mal contada.

Sou o real e o mito.

Nas ondas do mar eu corro...

Na chuva tomo banho.

Sou o grito sem socorro.

Viajo sem dirigir minhas pernas.

Perco e ganho...

Sou máquina de carne e lanternas.