Das Noites a mais fria.

Era tarde,

Chovia forte e o vento fazia com que as arvores

Tremulassem a sua vontade,

As feras e as bestas estavam soltas no parque,

Refletiam-se nas tantas pedras e arranjos de flores,

Assustadora noite,

Corria enquanto a chuva caia,

Para o deleite das tantas plantas e tantos bicos secos

Que pendurados nas arvores aguardavam o fim da melodia

Da água que caia

E eu corria,

Com os pés molhados, vezes mergulhados na lama que surgia,

Amedrontado corria,

Ladeando um muro que de tão hediondo grunhia

E corria

E corria

Para aonde?

Não sabia

Sabia-se

Apenas corria,

Para chegar

Em qualquer lugar

Aonde seco dormia.

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 19/04/2009
Reeditado em 03/11/2009
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