A difícil urtiga
A difícil urtiga
Sigo teus doces passos, flor.
Enamorado da lua eu,
em certa noite a vi.
Era amargam
mas respirava bondade.
E como se tal coisa
pudesse ser possível.
Vomitava fogo,
com um coração de gelo.
Sua simbologia
e minha –eterna- simbologia
abraçaram-se com medo.
Medo de tudo perder.
Medo de não ter + tempo.
De não ter + a suficiente
quantidade de remédios
contra o tédio de viver.
Faltando tão poucos degraus, achei-a.
Enchamo-nos de pequenos orgulhos
e partamos para um compromisso:
-Ser algo.
E sendo então,
Que cesse a paixão.