A oncinha e o onção...

Na mata fechada e escura da Amazônia dois olhos me olhavam,
e eu quase nem podia vê-los, porque estavam quase escondidos
entre a folhagem luxuriante que se deitava sobre o solo úmido.

Ela estava lá, e eu sabia que estava, porque sentia seu cheiro,
que agora era mais forte porque eu me enchia de cuidados,
já que com ela eu não poderia nem pensar em uma distração.

Mas hoje me parecia que ela já havia realmente almoçado algo,
porque não estava caminhando sorrateira com patas de veludo,
pois o que estava na verdade fazendo era a sesta da tarde...

Seu banquete deveria estar agora pendurado em uma árvore.
Aproveitei e me sentei debaixo de uma carnaubeira crescida,
e pensei porque estava agora naquele lugar tirando fotografias !

Eu nem pertencia ao National Geographic para estar por ali,
lidando com perigosos animais selvagens, cujo hobby era matar.
Claro que eu não estava sozinho andando a esmo nessa jângal.

Você estava comigo...um pouco longe, mas na tela de meu lap top,
e continuava com aquela mesma paixão de sempre ...de sempre.
Agora eu entendia porque você dizia que era a minha oncinha,rsrs.

Só estando aqui no meio dessa tremenda selva para fazer idéia.
Aqui tenho a sensação de que te amo com cheiro de orquídeas !
Humm...e respiro o teu perfume todo ele feito de teus desejos.

Ai...minha oncinha...não recenderia tanto se fosse a tua carne,
essa carne exposta de teu ventre aberto, que me faz delirar
nessas minhas ânsias que me fazem gemer antes do tempo,

só de te imaginar aqui no meio dessas folhas e flores todas,
hum..eu seria tua pantera e você seria a minha linda oncinha,
cujas garras nós deixaríamos descansando dentro das patas.

Te leio...leio teu texto...mas não leio uma vez...leio muitas vezes.
Ai...sai mosquito ...não vê que estou amando loucamente no Lap ?
Esses mosquitos não respeitam nem as paixões alheias...nada !!!

O quê ? Você escreve que quer realizar teus desejos ocultos
para se arrepiar nos meus arrepios...e acho que você acertou
porque de arrepio em arrepio...acabaria te amando sem um pio,
bem quietinho...e você com essa vontade de sempre ser cavaleira
hum...eu nem sei o que dizer aqui dentro desta floresta calorenta,
mas posso te dizer que entendo a tua paixão...de querer cavalgar !

Nossa !!! A bateria amor...a bateria....está acabando uiiiiii....
Amorrrrr...estou desligando o Lap....uiii...mas que coisa ...grrr.
Amorrrr...chauuu...estou uma onça...grrrr.

E então a bateria pifou de uma vez....e eu perdi a conexão
com a minha oncinha...que hoje queria tanto me amar...


E no meio da mata densa...e escura...
a outra onça, a verdadeira...
Só me olhava... nervosa...abanando o rabo.
E tive de reconhecer que agora eu tinha duas onças:
Uma que me amava no top da paixão...
e a outra que me queria comer...vivo !!!

O que você faria? Dava uma de macaco
e subiria correndo numa árvore ?

Ou dava um grito de Jane ou de Tarzan ...para espantar
a fera?

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Prosa poética feita por mim, Cássio Seagull, em 23-04-09 às 22.30 SP..
Lua crescente -- chuvas fortes a tarde – 22 graus.
Beijos e abraços para você... Boa sexta...
cseagull2@hotmail.com
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