POEMA DA DESORDEM

Parem o Brasil que eu quero descer

Isso virou uma bagunça nacional

Tem vereador ameaçando guardas

E ministros brigando no Supremo Federal

Deputados viajam para todo lugar

Levam a família para passear

Enquanto nos hospitais e postos de saúde

Tem gente morrendo de tanto esperar

Em cada eleição eu tento mudar

Mas não tem jeito, é de chorar

Tem castelos em Minas com reis no congresso

Isso é o preço que paga o progresso?

Injustiça é erva daninha, está em todo lugar

Bingo clandestino, assassinato sem dó

Briga no trânsito, tráfico de animais,

E em cada sinal, tem criança cheirando pó

Lobby político, malandros de terno

Isso aqui virou um inferno

Para onde fugir, esconder da dor,

Não dá para ir longe com salário de professor

Chegar muito longe eu sei que não dá

O máximo que chego é no Paraguai

Talvez peça exílio e numa grande sorte

O Bispo- Presidente também é meu pai.