Ocaso

Nem todos os dias são de flores

Nem mesmo são de belas cores

Alguns perfumes também se escondem

Algumas letras se veem tortas

Poucas imagens causam impressão

E as vaidades caem no chão

Nem todas as idéias sempre dão certo

As manchas cobrem o coração

Também a voz se cala e bem cansada

pede ao silêncio uma união

Nem sempre as flores enfeitam vasos

Algumas secam em seu próprio pé

Enfeitam apenas por alguns dias

Conhecem bem a falta de fé

Morrem os dias, morrem as noites

Tardes se jogam de encontro ao chão

Deixam no céu um clarão suspenso

Em pouco tempo, vem a escuridão

A lua nasce por trás dos morros

Com a intenção que sempre tem

Contar vantagem emprestando a luz

De um sol que brilha ,no outro lado,

para outro alguém