Para além do ser*

Era uma manhã ensolarada,estava sentada à beira do rio.

Olhava com olhar vago, tanto o céu quanto o rio.

Às nuvens passavam...passavam!

Às águas passavam...passavam!

Os momentos passavam...passavam!

Os pensamentos passavam ...passavam!

...Tudo se vai lentamente,como se fôra demorar.

As nuvens,ou dissipam-se no ar,ou caem na terra para a fertilizar.

Às águas do rio,seguem o caminho do mar.

Os momentos,as horas...o tempo,serão sempre presente.Passam

lentos,contabilizados pelo relógio e pelo calendário.

Os pensamentos,são as lembranças do passado que resgatados pela

memória passam a se presente,e nos faz caminhar para o nada.

A vida,efêmera e transitória,lentamente como se fôra para nos

acostumar,nos leva ao bizarro a degradação,sem sermos mais o que

era,ficando em plena solidão!..Sem amigos,sem parentes,que

também se vão lentamente.

Assim,a vida no conjunto da natureza animal,vegetal e mineral só

existirá enquanto vivermos.

Quando não mais olhar o céu,

Quando não mais olhar o rio,

Quando não mais pensar,

A solidão absoluta,se transformará;

PARA ALÉM DA VIDA A MORTE...

PARA ALÉM DO SER O NADA.

Alzira Paiva Tavares

Olinda o4/05/09

arizla
Enviado por arizla em 03/05/2009
Reeditado em 24/05/2009
Código do texto: T1572714
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